Na USP Leste existe um grupo que estuda a propriedade intelectual, veja abaixo um resumo sobre o grupo:
O Grupo de Pesquisa em Políticas para o Acesso à Informação é um grupo com sede na Universidade de São Paulo dedicado à investigação de temas relacionados à propriedade intelectual com ênfase nos constrangimentos que as atuais regras impõem ao acesso público à informação, à cultura e ao conhecimento. O grupo pretende se estabelecer como um centro de referência na pesquisa científica e na promoção de políticas estatais e não estatais relacionadas a temas de propriedade intelectual.
Eles abordam várias questões sobre o tema, quem quiser conhecer mais o endereço é www.gpopai.usp.br
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
Software Livre
Trago aqui algumas indicações de textos a respeito de software livre. Um dos endereços é o portal do governo http://www.softwarelivre.gov.br/SwLivre/
Solange Palma de Sá Barros publicou interessante artigo no livro Tecnologia Educacional e Aprendizagem: o uso de recursos digitais. Transcrevo aqui alguns trechos.
"Quando se vai até uma loja para comprar um determinado Software, compra-se apenas uma permissão (licença) para uso do mesmo. O comprador não passa a ser o "dono" do Software pelo simples fato de comprá-Io. O programador ou a empresa que desenvolveu o programa é o proprietário do Software. Os direitos autorais (copyright) são do autor do Software e, para cada máquina que se deseja instalar um determinado Software, deve existir a compra de uma licença, cujas regras e condições de uso são colocadas em um contrato. Ou o usuário aceita todas essas condições para poder usar o Software ou não aceita, devolvendo o produto e apagando o Software de sua máquina." (BARROS, 2007. p. 89)
A autora continua:
"Quando se usa Software proprietário, fica-se sempre na dependência de seu fabricante para cada novo recurso que se deseja obter. Em outras palavras, quando se instala o Windows em um computador, é criada uma relação de dependência entre o usuário e as possibilidades de Software compatíveis ao padrão Windows. Sabe-se que o Software é um produto intelectual, porém sabe-se também da necessidade do compartilhamento do.conhecimento e da produção de uma inteligência coletiva. Porque apenas "alguns" são donos de determinados conhecimentos?" (BARROS, 2007. p. 89-90)
Referência: BARROS, Solange P. "O Uso do Software Livre na Educação". IN: MORAES, Ubirajara C. (org). Tecnologia Educacional e Aprendizagem: o uso de recursos digitais. São Paulo: Livropronto, 2007.
Solange Palma de Sá Barros publicou interessante artigo no livro Tecnologia Educacional e Aprendizagem: o uso de recursos digitais. Transcrevo aqui alguns trechos.
"Quando se vai até uma loja para comprar um determinado Software, compra-se apenas uma permissão (licença) para uso do mesmo. O comprador não passa a ser o "dono" do Software pelo simples fato de comprá-Io. O programador ou a empresa que desenvolveu o programa é o proprietário do Software. Os direitos autorais (copyright) são do autor do Software e, para cada máquina que se deseja instalar um determinado Software, deve existir a compra de uma licença, cujas regras e condições de uso são colocadas em um contrato. Ou o usuário aceita todas essas condições para poder usar o Software ou não aceita, devolvendo o produto e apagando o Software de sua máquina." (BARROS, 2007. p. 89)
A autora continua:
"Quando se usa Software proprietário, fica-se sempre na dependência de seu fabricante para cada novo recurso que se deseja obter. Em outras palavras, quando se instala o Windows em um computador, é criada uma relação de dependência entre o usuário e as possibilidades de Software compatíveis ao padrão Windows. Sabe-se que o Software é um produto intelectual, porém sabe-se também da necessidade do compartilhamento do.conhecimento e da produção de uma inteligência coletiva. Porque apenas "alguns" são donos de determinados conhecimentos?" (BARROS, 2007. p. 89-90)
Referência: BARROS, Solange P. "O Uso do Software Livre na Educação". IN: MORAES, Ubirajara C. (org). Tecnologia Educacional e Aprendizagem: o uso de recursos digitais. São Paulo: Livropronto, 2007.
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
Mídias na Educação - E-Proinfo - turma 41
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
domingo, 7 de outubro de 2007
Colaborações no módulo Introdutório
Professores/as,
Tentei reproduzir um pouco do que vocês disseram ao longo do módulo, em suas várias etapas. Não é um resumo da discussão realizada, mas apenas alguns fragmentos, muito tênues, das idéias que esboçaram.
Os comentários estão abertos, para que completem, discutam, avaliem, enfim, para o que quiserem!
Depois de um fórum de apresentação, foi aberta a discussão sobre mídias e tecnologias. O perfil desta turma é formado, em grande parte, por POIES, de modo que muitos já possuem uma boa intimidade com o computador, com softwares e com trabalhos voltados para o uso de mídias.
Alfia Aparecida Botelho Nunes, por exemplo, produziu em 2002, com seus alunos um CD no programa “Iluminatus” a respeito da Semana de Arte Moderna. Trabalhou um blog em 2004 que lhe valeu a publicação na revista Escola _ “Blog diário (de aprendizagem) na rede.
Zeni de Fátima Assis, ao refletir sobre “mudança”, preocupa-se com a “mudança de conceitos de rede, de autoria, novos paradigmas e competências, e habilidades” que demanda uma “árdua tarefa tanto pelas condições em que tem sido realizadas, como pela falta de conhecimento didático de base construtivista, organizado, sistematizado e publicado”. Ao que Regina Gavassa indaga “quais são as competências que queremos desenvolver em nossos alunos? Silvia Galetta reflete que não basta que professores e alunos incorporarem o uso de tecnologia e mídias, é preciso que elas façam sentido para o aluno. A abundância de informação na rede exige atenção e orientação do professor.
“Quanto mais desconectados estivermos como professores das novidades, mais distantes estaremos dos alunos e do mundo ao redor”, diz Tadeu Bandoni. Para ele, “é preciso fortalecer essa ponte que é a via de comunicação entre nós e os alunos”.
De maneira geral, o grupo está preocupado com o distanciamento dos professores da realidade “fora dos muros escolares” e com o contexto escolar que não propicia este estreitamento entre mestres e alunos.
Elisabete da Conceição Plácido destaca que “o educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo tempo está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do aprender, a nossa ignorância, as nossas dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar o provisório. Aprender é passar da incerteza, para uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas sínteses”
José Antônio Sales salienta que “embora muitas de nossas escolas estejam bem equipadas, nota-se que, no entanto não se percebe uma melhoria no processo ensino-aprendizagem. Como fazer para que a escola seja um novo espaço de aprendizagem? Como transpor as inúmeras barreiras colocadas no processo ensino-aprendizagem?
Nesse sentido, é impressionante o relato de Daniela Rueda que aponta a mudança que acontece com seus alunos quando trabalha com Rádio. É nítida a transformação dos meninos, ganham auto-confiança, passam a se expressar melhor e a ter o reconhecimento dos colegas.
Quando foi pedido que os professores relatassem utilização de vídeo em sala de aula, vários já tinham feito uso. O campeão foi o vídeo Ilha das Flores, disponível no site portacurtas.com.br
Filomena das Graças Barbosa Silva utiliza o vídeo no Projeto de Sexualidade da escola, que surgiu após a apresentação do filme Cidade de Deus. A abordagem passa pela exclusão social, a violência, imposição de valores e condutas éticas, no intuito de evitar a o jovem ser levado à criminalidade.
Edna de Fátima Santos analisa que “caberá ao educador um papel de instigador inicial, mediador e, por que não, companheiro de descobertas (como solidificador de conceitos aprendidos). Apesar de um certo desconforto inicial (já que não é esta a visão de um ser humano de um mundo diferente onde mudanças não ocorriam tão rápido assim), o professor ganhará uma liberdade de ação bem maior que a que dispõe atualmente.
Sandra Regina Rosário traça um quadro da gestão na escola: “está faltando muita gestão por parte dos gestores, pois não existe orientação e nem liderança na parte que cabe a quem é de responsabilidade. Existe sim uma única preocupação que é como gastar verbas e não orientar e acompanhar profissionais da educação no desenvolvimento de suas atividades, é isto que sinto por trabalhar numa escola da rede estadual.”
Para Eliane Filie, são poucos os educadores que integram teoria e prática e que aproximam o pensar do viver. A mudança deve ser interna e se eu não quero mudar, nenhuma teoria fará com que eu mude.
Retomando a discussão inicial, Silvana Terezinha Campos diz não são somente as novas tecnologias e metodologias que mudarão o espaço da escola, mas uma profunda reflexão sobre a finalidade da educação. Essa reflexão não pode ser relegada ao espaço das universidades, ela precisa estar presente nas escolas, nas casas, na mídia, no governo, etc... Também, não podemos deixar que vença o discurso de que o país é muito grande e muito diferente culturalmente para que o debate seja feito. Afinal, existem mecanismos de participação que ajudariam nessa organização estrutural, caso houvesse vontade política de todos os atores envolvidos. Por outro lado, não podemos deixar para começar as mudanças nos locais em que trabalhamos somente quando o Brasil decidir mudar, essas são mudanças que podem ocorrer concomitantemente.
Tentei reproduzir um pouco do que vocês disseram ao longo do módulo, em suas várias etapas. Não é um resumo da discussão realizada, mas apenas alguns fragmentos, muito tênues, das idéias que esboçaram.
Os comentários estão abertos, para que completem, discutam, avaliem, enfim, para o que quiserem!
Depois de um fórum de apresentação, foi aberta a discussão sobre mídias e tecnologias. O perfil desta turma é formado, em grande parte, por POIES, de modo que muitos já possuem uma boa intimidade com o computador, com softwares e com trabalhos voltados para o uso de mídias.
Alfia Aparecida Botelho Nunes, por exemplo, produziu em 2002, com seus alunos um CD no programa “Iluminatus” a respeito da Semana de Arte Moderna. Trabalhou um blog em 2004 que lhe valeu a publicação na revista Escola _ “Blog diário (de aprendizagem) na rede.
Zeni de Fátima Assis, ao refletir sobre “mudança”, preocupa-se com a “mudança de conceitos de rede, de autoria, novos paradigmas e competências, e habilidades” que demanda uma “árdua tarefa tanto pelas condições em que tem sido realizadas, como pela falta de conhecimento didático de base construtivista, organizado, sistematizado e publicado”. Ao que Regina Gavassa indaga “quais são as competências que queremos desenvolver em nossos alunos? Silvia Galetta reflete que não basta que professores e alunos incorporarem o uso de tecnologia e mídias, é preciso que elas façam sentido para o aluno. A abundância de informação na rede exige atenção e orientação do professor.
“Quanto mais desconectados estivermos como professores das novidades, mais distantes estaremos dos alunos e do mundo ao redor”, diz Tadeu Bandoni. Para ele, “é preciso fortalecer essa ponte que é a via de comunicação entre nós e os alunos”.
De maneira geral, o grupo está preocupado com o distanciamento dos professores da realidade “fora dos muros escolares” e com o contexto escolar que não propicia este estreitamento entre mestres e alunos.
Elisabete da Conceição Plácido destaca que “o educador autêntico é humilde e confiante. Mostra o que sabe e, ao mesmo tempo está atento ao que não sabe, ao novo. Mostra para o aluno a complexidade do aprender, a nossa ignorância, as nossas dificuldades. Ensina, aprendendo a relativizar, a valorizar a diferença, a aceitar o provisório. Aprender é passar da incerteza, para uma certeza provisória que dá lugar a novas descobertas e a novas sínteses”
José Antônio Sales salienta que “embora muitas de nossas escolas estejam bem equipadas, nota-se que, no entanto não se percebe uma melhoria no processo ensino-aprendizagem. Como fazer para que a escola seja um novo espaço de aprendizagem? Como transpor as inúmeras barreiras colocadas no processo ensino-aprendizagem?
Nesse sentido, é impressionante o relato de Daniela Rueda que aponta a mudança que acontece com seus alunos quando trabalha com Rádio. É nítida a transformação dos meninos, ganham auto-confiança, passam a se expressar melhor e a ter o reconhecimento dos colegas.
Quando foi pedido que os professores relatassem utilização de vídeo em sala de aula, vários já tinham feito uso. O campeão foi o vídeo Ilha das Flores, disponível no site portacurtas.com.br
Filomena das Graças Barbosa Silva utiliza o vídeo no Projeto de Sexualidade da escola, que surgiu após a apresentação do filme Cidade de Deus. A abordagem passa pela exclusão social, a violência, imposição de valores e condutas éticas, no intuito de evitar a o jovem ser levado à criminalidade.
Edna de Fátima Santos analisa que “caberá ao educador um papel de instigador inicial, mediador e, por que não, companheiro de descobertas (como solidificador de conceitos aprendidos). Apesar de um certo desconforto inicial (já que não é esta a visão de um ser humano de um mundo diferente onde mudanças não ocorriam tão rápido assim), o professor ganhará uma liberdade de ação bem maior que a que dispõe atualmente.
Sandra Regina Rosário traça um quadro da gestão na escola: “está faltando muita gestão por parte dos gestores, pois não existe orientação e nem liderança na parte que cabe a quem é de responsabilidade. Existe sim uma única preocupação que é como gastar verbas e não orientar e acompanhar profissionais da educação no desenvolvimento de suas atividades, é isto que sinto por trabalhar numa escola da rede estadual.”
Para Eliane Filie, são poucos os educadores que integram teoria e prática e que aproximam o pensar do viver. A mudança deve ser interna e se eu não quero mudar, nenhuma teoria fará com que eu mude.
Retomando a discussão inicial, Silvana Terezinha Campos diz não são somente as novas tecnologias e metodologias que mudarão o espaço da escola, mas uma profunda reflexão sobre a finalidade da educação. Essa reflexão não pode ser relegada ao espaço das universidades, ela precisa estar presente nas escolas, nas casas, na mídia, no governo, etc... Também, não podemos deixar que vença o discurso de que o país é muito grande e muito diferente culturalmente para que o debate seja feito. Afinal, existem mecanismos de participação que ajudariam nessa organização estrutural, caso houvesse vontade política de todos os atores envolvidos. Por outro lado, não podemos deixar para começar as mudanças nos locais em que trabalhamos somente quando o Brasil decidir mudar, essas são mudanças que podem ocorrer concomitantemente.
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